Resoluções de ano novo: 6 dicas para ser mais resiliente e dar a volta por cima em 2013
1. NÃO BAQUE A POLLYANA
Não adianta enxergar apenas o lado bom de tudo. “Não podemos valorizar somente o sucesso. O fracasso também nos fortalece”, afirma Goldberg. Admitir o problema é o primeiro passo para vencê-lo. “Ter uma visão muito positiva de uma situação ruim pode nos levar a diminuir o tamanho real do trauma”, alerta a psicóloga Maria Helena Franco, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e especialista em luto. Corre-se o risco de não solucioná-lo, e apenas varrê-lo para debaixo do tapete. Segundo a especialista, é muito difícil que grandes questões se resolvam sozinhas, com o passar do tempo, sem nenhuma ação nossa.
2. AGITE O SEU CÉREBRO
Encontrar os amigos, conversar, ir a festas e até cumprir as tarefas rotineiras são ações necessárias nos períodos de crise. Quando estamos tristes, ficamos com medo de não ser aceitas ou compreendidas por todos. Mas é preciso se esforçar: “Sem interesse pelo outro, perdemos o apreço pela vida”, diz Goldberg. É por meio do contato com as pessoas que obtemos informações novas e fazemos os pensamentos circularem em nossa cabeça. Viagens surtem o mesmo efeito, pois também nos levam a relativizar nossas verdades absolutas e nos ajudam a ver a vida por outros ângulos.
3. CRIE SEUS RITUAIS
Por piores que sejam, os momentos difíceis passam. Pode ajudar repetir para si, todos os dias, que a dor e a angústia irão embora e darão lugar à paz e à tranquilidade. Outra dica é tentar sorrir, mesmo sem vontade, como agia Michelle, a vítima do tubarão. Estudos mostram que aquilo que levamos nosso corpo a fazer influencia o cérebro. Mas é preciso também se permitir “curtir” a dor, fazer o luto. Em caso de morte, por exemplo, vale estabelecer a rotina de visitar o túmulo algumas vezes por ano – e viver intensamente a tristeza nesses momentos. Melhor ter um ritual para isso do que deixar a dor invadir todas as esferas da vida.
4. ADICIONE ARTE À SUA ROTINA
“A arte é uma forma de sublimar a dor”, afirma Goldberg. Reconhecer em livros, filmes ou até em quadros situações semelhantes àquela que está sendo vivida é reconfortante e ajuda a encontrar saídas. De qualquer forma, é enriquecedor ingressar em experiências novas e cheias de sentimentos. Vale ler de tudo – de romances e poemas a autoajuda –, ouvir música, ver filmes, visitar exposições e museus. A criatividade, ainda que a dos outros, estará lá, e ela é sempre uma aliada.
5. TRACE METAS
Olhar para a frente é essencial. Jacob Goldberg afirma que já atendeu um paciente que havia cometido um ato terrível e com graves consequências. “Ele achava que não merecia mais viver pelo que tinha feito. Sugeri, então, que estabelecesse um pacto com o futuro. Com isso, sua presença na Terra se justificaria a partir dali”, relembra o psicanalista. “Hoje, ele tem quatro filhos e está recuperado.” Fazer uma promessa íntima, fixando algum objetivo claro para si, pode ser o estímulo que faltava para seguir adiante.
6. ACREDITE NA GENEROSIDADE
Uma das histórias extremas e inspiradoras contadas no livro americano é a de Lisette Johnson. Seu marido se suicidou com um tiro depois de ter tentado matá-la. Ela buscou terapia. No consultório, conheceu duas meninas cujo pai tinha matado quase toda a família. Elas eram as únicas sobreviventes. Lisette adotou as crianças, que deram um novo sentido à sua existência. Ao se doar para melhorar a vida dos outros, é comum que a pessoa acabe melhorando a própria.
Fonte: claudia.com