Fantasias sexuais
Desde que Madonna apareceu com um corselete de Jean Paul Gaultier e seduziu o mundo com seu visual hipnotizador, o fetiche ganhou destaque nos anos 90. Por maior que seja a liberdade sexual, ainda hoje é uma ousadia usar peças íntimas em público ou fazer declarações mais picantes sobre a intimidade. E Madonna sempre fez questão de quebrar esse paradigma, prova disso são as inúmeras apresentações e atitudes ousadas da cantora, como no filme Na Cama com Madonna e no livro Sex, em que a sex symbol aparece em imagens provocantes e em insinuantes momentos de sadomasoquismo.
Mesmo quase 20 anos após o lançamento da obra, o site Book Finder (que faz uma lista dos livros mais procurados em sebos dos EUA) apontou que o livro de Madonna liderou o ranking em 2011. Ainda no mundo da literatura, mais uma obra tornou-se best-seller em pouco tempo: a narrativa libertina Cinquenta Tons de Cinza, que já é livro de cabeceira de muita gente. A trilogia criada pela escritora inglesa E.L. James já vendeu 20 milhões de exemplares nos Estados Unidos. O romance erótico de Christian Grey e Anastasia Steele, protagonistas do livro, tem inspirado leitores a se arriscar em novas atitudes entre quatro paredes. O fenômeno editorial foi tão grande que fez as vendas dos sex shops da Inglaterra subirem 200%, de acordo com o rede BBC.
As situações de fetiche podem assustar os desavisados, mas também podem agradar quem deseja aquecer a relação. Existem várias formas de provocar e exercer fascínio sobre o parceiro, seja com uma lingerie nova ou com um par de algemas de pelúcia para uma brincadeira mais ousada. As roupas de couro e vinil sempre permearam o imaginário popular. Mulheres poderosas domam os homens no melhor estilo dominatrix. Homens dominadores também seduzem com chicote ou chibata – que pode ser apenas para brincar e fazer cócegas com plumas ou para os masoquistas que sentem prazer com a dor provocada pelo couro batendo na pele –, ou peças íntimas mais inusitadas como fantasias sensuais justas e que valorizem as partes íntimas. Antes de escolher peças, como coleiras e máscaras, é importante atentar para a qualidade do produto: peças muito justas ou incômodas podem acabar com a brincadeira ou machucar.
Até mesmo o mundo das joias se rendeu às fantasias do mundo sexual. Não são apenas os sex shops que dominam os acessórios eróticos, alguns designers mundo afora e até mesmo no Brasil encontraram espaço no mercado de luxo dedicado aos mais ousados. Kate Moss e a apresentadora Fernanda Young já surpreenderam ao aparecer em público usando um pingente em formato de pênis.
O acessório da brasileira era da sua própria marca, Ayd Von Young, que tem objetos em ouro, diamantes e pérolas. Até o nome das peças são sugestivos: Suruba, Ménage à Trois, Ulalá, Clitóris, Sequestrado, Sexo com Amor e o que mais a imaginação permitir. A designer de joias norte-americana Betony Vernon é conhecida pelas ferramentas sexuais usadas por celebridades, como Christina Aguilera e Angelina Jolie.
As peças são marcantes e podem ser utilizadas para enfeitar, massagear e estimular zonas erógenas. As opções incluem colarinhos, coleiras com puxador, punhos, braçadeiras e até sapatos com salto de prata. As peças feitas em ouro e prata chegam a custar US$ 3 mil. Dignas de colecionadores.
Aos seus pés
Saltos altos, meias e roupa íntima sedutoras são uns dos artefatos mais poderosos das mulheres. Botas de cano longo e cinta-liga também complementam a produção sensual e podem instigar a curiosidade do companheiro apenas com insinuações.
Brinquedinhos
Algemas
Estas são clássicas. Produto muito vendido em sex shops, algumas são almofadadas para não machucar os punhos e várias têm fechos de segurança que podem ser abertos em caso de perda da chave. Há também algemas para pés e dedos.
Chicote, palmatórias e prendedores
Para quem gosta de emoções mais fortes – e doloridas –, não faltam instrumentos eróticos. Os chicotes geralmente são de couro. Há também palmatórias, usadas nas mãos e nádegas, e prendedores, colocados nos seios, no pênis e nos testículos. Acessórios mais usados em rituais de sadomasoquismo e bondage chamados de hard.
Mordaças
Seja nos rituais sadomasoquistas, seja nos de imobilização, as mordaças são bastante utilizadas. Elas podem ser improvisadas com lenços e bandanas, mas há outras. Uma bastante usada é a ball gag, bola de plástico que é inserida na boca da vítima e amarrada na nuca. Outras mordaças usadas são com fita adesiva (tape gag), com rédeas ou máscaras que tomam todo o rosto.
Amarrações
Cordas são o material mais utilizado na imobilização nos rituais eróticos. Há alguns bem radicais, em que a vítima fica suspensa e até de cabeça para baixo, como no shibari, um tipo de bondage oriental. Fitas adesivas, principalmente da cor prata, também fazem sucesso, assim como tiras de couro e amarras de pano. Amarrar com lenços de seda é outro fetiche comum.
Couro
No chicote, nas amarras, nas mordaças, este material é o preferido de muitos praticantes de sadomasoquismo e bondage. Ele, porém, tem um lugar especial nas roupas, de vítimas e algozes. Muitos se vestem de couro, mas há os que preferem látex ou vinil, sempre com peças bem justas. Em alguns eventos ou locais BDSM, a vestimenta sinaliza qual é o papel das pessoas nos rituais.
Máscaras
Um dos apetrechos mais identificados com o universo BDSM, elas podem denotar o poder de um algoz e a submissão de uma vítima. Muitas são feitas de vinil ou couro. As que servem para aprisionar o parceiro costumam vendar e amordaçar ao mesmo tempo. Outras são estilizadas e algumas apenas insinuam uma intenção erótica, como as que valorizam os olhos.
Locais de dominação
Quem gosta dessas brincadeiras íntimas costuma ter camas com cabeceiras que permitam amarrar uma pessoa no leito. Bondagistas e sadomasoquistas também usam cadeiras e, como o personagem do livro Cinquenta Tons de Cinza, estruturas mais sofisticadas. Uma delas é a Cruz de Santo André, em forma de X, onde a “vítima” é presa com braços e pernas abertos.
fonte: mundomulher.com.br