Saúde Íntima: O que garante o bem-estar da região genital?

Saúde Íntima: O que garante o bem-estar da região genital?

Como anda a sua saúde íntima? Tem ido regularmente ao ginecologista e feito todos os exames necessários? Quando o assunto é a saúde íntima, nós, mulheres, sem dúvida, nos cuidamos muito mais. Contudo, uma pesquisa inédita aponta que ainda temos dúvidas sobre as atitudes que garantem o bem-estar da região genital.

Encomendada pelo laboratório Sanofi-Aventis à Conecta, empresa do grupo Ibope, o levantamento apontou, por exemplo, que 42% das entrevistadas nunca tiram a calcinha na hora de dormir, 19% delas, inclusive, consideram o hábito como anti-higiênico. Na verdade, segundo o ginecologista Paulo Novak, dormir sem calcinha não é obrigatório, mas melhora a circulação e ajuda a arejar a área, evitando o acúmulo de secreções e o consequente desequilíbrio da floravaginal.

“A falta de arejamento favorece a proliferação de bactérias que não toleram oxigênio, justamente as responsáveis por boa parte dos problemas que acometem o sexo feminino na sua intimidade”, explica o ginecologista Eliezer Berenstein.

Para quem não abre mão da peça na hora de dormir, os especialistas aconselham escolher uma peça de tecidos porosos. Para o ginecologista Paulo Giraldo, da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo, é preferível até usar uma calcinha de renda bem folgada a uma de algodão apertada. Além disso, Giraldo ressalta que a escolha por vestir camisolas ou calças e shorts mais largos é até mais importante que usar ou não calcinha.

Sobre a higiene antes de deitar, a pesquisa revelou que 84% das mulheres tomam banho antes de dormir, o que, a propósito, é bastante recomendado. Outra parcela, 23% delas, prefere usar a ducha e sabonete íntimo. O uso de produtos específicos para a higiene íntima é outro ponto de interrogação. Muitas mulheres ainda têm dúvidas se seu uso é obrigatório ou não. Mas, aqui vale o mesmo dito sobre as calcinhas: não existe a obrigatoriedade.

Os produtos de higiene íntima, de fato, levam vantagem, pois não contam com substâncias alergênicas e são fluidos, o que diminui o risco de contaminação em relação aos sabonetes em barra. Além disso, apresentam pouca detergência, tirando a gordura na medida certa, o que evita o ressecamento da mucosa, e têm o pH semelhante ao da vagina, lembrando que o pH é crucial porque regula a flora vaginal.

Mas, ainda assim, segundo Novak, se a mulher já está acostumada com o uso de sabonete comum e não possui condições que podem ser agravadas por causa de seu uso, não é preciso mudar. De acordo com os especialistas, para manter a vagina saudável, um banho diário é suficiente, exceto em dias agitados que provocam maior transpiração e nos períodos menstrual e de amamentação, quando a umidade aumenta e a vulva fica mais sensível.

Se há conversa sobre o uso ou não da calcinha para dormir e do sabonete íntimo, o mesmo não se pode falar sobre os protetores diários usados fora do período menstrual. Eles são contraindicados porque dificultam a circulação de ar nas partes baixas.

 

Fonte: femininoealem.com.br