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Já reparou como andamos distraídos de nós mesmos? Mesmo quando vamos ao médico para reclamar de algum mal estar ou alguma dor, achamos difícil precisar quando e como começamos a perceber aquele desconforto no corpo. Hoje, se não estamos plugados nas nossas inúmeras maquininhas, estamos presos no passado ou esperando ansiosamente pelo futuro.
Ao chegar em casa, a maior parte das pessoas liga a televisão. A TV virou o centro do lar. Só que em volta da televisão as pessoas não conversam como faziam quando se reuniam em volta da mesa de jantar ou em volta do fogo. A televisão faz todo mundo calar a boca e assistir a alguma tragédia ou história que não nos diz respeito, mas pela qual nos envolvemos mais do que nossas próprias histórias. Se não é a televisão, é o computador, celulares, redes sociais, fones nos ouvidos.
Assim, jamais estamos nos dando conta do que acontece com nós mesmos. Como andam nossas emoções, nossos pensamentos, nossa postura, respiração etc. Todas as filosofias espirituais afirmam que só existe o AQUI e AGORA: o resto é especulação e ilusão. Não sou em absoluto contra a tecnologia. Estamos neste exato momento usando esse recurso para nos comunicar, mas critico a maneira que com tem sido usada.
Outro dia vi um jovem casal num restaurante chique jantando a luz de velas. Ela devorava uma sobremesa, enquanto ele teclava freneticamente. Era aflitivo perceber o tédio que emanava daquela mesa. A falta de assunto e de interesse um pelo outro era gritante. No entanto, o cara tinha a maior disposição para postar se a comida era boa ou fazer qualquer comentário na rede.
Eu sugiro uma pausa a você. Desplugue do mundo e plugue em você. Deite na sua cama, feche os olhos e, por alguns minutos, perceba você mesmo por dentro. Dê atenção aos pequenos sinais. Ouça o seu “eu” interior. Ele é sutil, mas sábio. O conhece profundamente e pode dar os melhores conselhos, fazer as melhores escolhas e avisar, antes de todo mundo, se algo não vai bem. Experimente!
Fonte: GNT