Estrias: tratamento e prevenção

Estrias: tratamento e prevenção

Celulite ou estria: qual delas você prefere? Muitas mulheres optariam pela celulite, pois há a lenda de que não existem tratamentos eficazes para combater as estrias. As estrias são aquelas cicatrizes lineares e fininhas – vermelhas ou brancas – que surgem quando a pele estica demais e ultrapassa a sua capacidade de distensão.

De acordo com a dermatologista Meire Parada, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as estrias não somem totalmente, mas existem tratamentos muito eficazes para diminuí-las.

“Todos os tratamentos para a estria são direcionados para a estimulação de produção de colágeno, que dá um suporte maior para a área em que a fibra se perdeu. Fazemos estímulos com laser, microdermoabrasão associados com peelings e uso de substâncias com ácido retinóico. Esses tratamentos diminuem a largura e a profundidade da depressão que a estria causa, melhora muito o aspecto, mas não consegue fazer com que elas desapareçam de vez”.

Se as estrias forem brancas, significa que elas já estão cicatrizadas e que os resultados do tratamento serão muito mais lentos e, ainda assim, menos eficazes. Já se as marquinhas forem avermelhadas, comemore, pois elas ainda são recentes e irão responder melhor aos tratamentos. “Normalmente para bons resultados são necessárias de 3 a 6 sessões, portanto, em alguns casos, ainda dá tempo de fazer um tratamento para o verão”.

E para quem está se perguntando como evitar o aparecimento de estrias, a doutora Meire recomenda: “É difícil prevenir, já que elas podem surgir a partir de acontecimentos que fogem do nosso controle, como durante o crescimento na adolescência e na gravidez, mas evitar ganhar muito peso, de forma muito rápida é uma boa forma de prevenção”.

Tratamento com ácidos
Alguns tipos de substâncias, especialmente o ácido retinoico, estimulam a formação de tecido colágeno, melhorando o aspecto do estiramento. Pode haver descamação e vermelhidão e a concentração ideal para cada caso deve ser definida pelo dermatologista, de acordo com o tipo de pele. Durante o tratamento deve ser evitada a exposição solar.

Subcisão (subcision)
Essa técnica consiste na introdução de uma agulha grossa, com ponta cortante, ao longo e por baixo da estria, com movimentos de ida e volta. O trauma causado leva à formação de tecido colágeno no local, que preenche a área degenerada.

Dermoabrasão
O lixamento das estrias provoca reação semelhante à dos peelings, com formação de fibras elásticas, mas com a vantagem de regularizar a superfície da pele, que ganha uniformidade, ficando mais semelhante ao entorno.

Intradermoterapia
Consiste na injeção, ao longo e sob as estrias, de substâncias que provocam uma reação do organismo estimulando também a formação de colágeno nas áreas onde as fibras se degeneraram. Além disso, a própria passagem da agulha provoca uma discreta subcisão.

Laser
A aplicação da luz provoca o fechamento dos pequenos vasos nas estrias avermelhadas e promove a formação de novo colágeno, com diminuição do tamanho das linhas recentes ou antigas.