Maioria das brasileiras não tem hábito de poupar dinheiro
A conquista pela independência e a busca por uma carreira estável tornaram-se objetivos comuns para as mulheres modernas. Cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, elas são capazes de ganhar o seu próprio dinheiro. No entanto, essas mesmas mulheres enfrentam dificuldades na hora de administrar suas finanças pessoais. Segundo uma pesquisa recente da Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado, feita on-line com mais de 2 mil mulheres brasileiras, 54% delas poupam nada ou muito pouco do que ganham. E apenas 4% guardam mais de um terço da renda ao longo de um ano. Ou seja, elas são donas dos seus próprios bens, porém não sabem economizar.
A pesquisa também questionou sobre quais os gastos evitáveis e opcionais que mais consumiam o dinheiro delas. Por faixa etária, as mulheres com até 25 anos de idade possuem os itens de moda (roupas, sapatos e acessórios)como principal gasto, com 34% das respostas. Já as mulheres entre 26 e 30 anos estão divididas entre moda e saídas. As brasileiras acima de 30 anos gastam mais com produtos e serviços para a casa, que representam 24% dos gastos evitáveis.
A pedagoga e diretora da agência de casamentos Par Ideal, Sheila Rigler, ajuda a entender o fato. À frente da empresa há 14 anos, ela vem acompanhando a mudança do perfil das mulheres, que hoje representam 54% de sua clientela. Segundo a pedagoga, as mulheres têm liberdade e segurança para gastar no que acham importante. “O que eu vejo na agência é que grande parcela tende a se preocupar com a educação dos filhos, viagens, e principalmente em ter um carro e uma casa própria. Com isso, acabam planejando pouco as finanças ou até mesmo a aposentadoria”, comenta a pedagoga.
Claro que as mulheres não deixam de comprar produtos que chamam a atenção delas. Na TPM então, nem se fala. Uma pesquisa da Universidade de Hertfordshire afirma que nesse período elas têm menos controle sobre seus gastos. O comportamento pode ser uma maneira de lidar com as emoções negativas geradas pela tensão pré-mesntrual. “No entanto, diferenciar necessidades e desejos é um desafio. O importante é fazer com que a mulher reflita se vale a pena comprar um item e fazer mais uma dívida. Nessas horas, quem se destaca são as que conseguem saber escolher a compra e recusar o que é desnecessário”, afirma a especialista.