Mulheres temem ampliação da licença maternidade
Uma pesquisa feita com internautas de todo Brasil, com idade média de 35 anos, revelou que 60% de mulheres acreditam que a ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias pode prejudicar a contratação de profissionais do sexo feminino pelas empresas. Interessante observar que o percentual de concordância se repete tanto entre as mulheres mais jovens, quanto mais velhas.
Entre o público pesquisado, o maior índice dos que concordam que a nova licença pode ser prejudicial está entre os indivíduos com idade entre 40 e 49 anos (70%) e de 30 a 39 anos (64%) e entre os que são pós-graduados (69%).
Mesmo achando que a ampliação da licença maternidade pode ser prejudicial à contratação de mulheres, 82% das mulheres e 68% dos homens pesquisados são a favor da nova licença. O menor índice de aprovação está entre os pesquisados com idade de 40 a 49 anos, onde 32% são contra a ampliação, e entre os pós-graduados, onde 25% dos pesquisados também são contra.
A pesquisa foi realizada pela Somatório Pesquisa, empresa brasileira de pesquisa com mais de 10 anos de atuação no mercado, entre os dias 3 e 5 de março. Entre os entrevistados 24% eram pós-graduados, 39% tinham nível superior e 37% nível médio de escolaridade.
Sobre as conquistas da mulher no mercado de trabalho, 99% concordam que as mulheres têm conquistado mais espaço no mercado de trabalho, percentual que atinge 100% entre os pesquisados que informaram possuir curso de pós-graduação.
A respeito dos salários oferecidos às mulheres, 47% acham que o salário que lhes é oferecido não é compatível ao pago aos homens. Esse percentual sobe para 52% quando se considera somente as respostas das mulheres e cai para 38% quando as respostas consideradas são aos dos homens.
Ainda sobre o mercado de trabalho, 60% das mulheres responderam já ter presenciado ou vivenciado alguma discriminação ou assédio no trabalho, sendo que o mesmo percentual se repete entre as mulheres mais jovens, com até 19 anos, e entre as mais maduras, com idade entre 40 a 49 anos (61%) e 50 anos ou mais (60%).