O verdadeiro motivo da obsessão dos homens por seios
Por muito tempo, em se tratando da parte do corpo feminino preferida pelos homens brasileiros, a opinião era quase que unânime e o bumbum feminino reinava absoluto como preferência nacional, mas desde o final dos anos 90, essa posição também passou a ser disputada pelos seios, que cada vez mais ganham espaço no imaginário e na preferência masculina.
Foi nessa época que a top model Gisele Bundchen começou a atrair as atenções de homens e mulheres desfilando nas passarelas uma beleza loura, magra e com seios volumosos, o que foi suficiente para lançar um novo estereótipo a ser seguido pelas brasileiras e por muitas outras mulheres no mundo. De lá pra cá, o número de mulheres que tentam seguir este padrão só cresce e a busca por implantes de próteses mamárias no Brasil é uma das maiores do mundo.
O fato é que homens sempre tiveram um comportamento diferenciado em relação aos seios femininos, mas foi graças a essa popularização e também à uma maior exposição na mídia e fora dela, que os homens puderam ficar mais à vontade para espiar decotes e assumir essa preferência que, em muitos casos pode até ser chamada de obsessão. Mas qual será o verdadeiro motivo que faz com que os homens fiquem fascinados e de queixo caído diante de um belo par de seios?
Segundo pesquisadores os homens assimilam a imagem dos seios a fatores culturais, biológicos e emocionais que têm origem na infância e representam fonte de alimento, aconchego e afeto maternal, mas quando se transformam em homens, tudo isso se reverte em uma nova fonte de prazer, erotismo e sensualidade, sejam os seios naturais ou de silicone.
É o que afirmam Larry Young, um dos principais especialistas do mundo em neurociência do vínculo social e Brian Alexander, autores do livro The Chemistry Between Us: Love, Sex and the Sciense of Attraction (A química entre nós: amor, sexo e a ciência da atração), que se propõe a responder a relação dos homens com os seios femininos.
Segundo eles, entre os mamíferos, os homens são os únicos que se interessam por seios no aspecto sexual e apenas nas mulheres acontece a transformação que aumenta o tamanho dos seios durante a puberdade. Além disso, os homens são os únicos animais em que a carícia sexual e os estímulos manuais e orais nos seios fazem parte das preliminares e do sexo aumentando a excitação tanto de homens quanto de mulheres.
O hormônio que é liberado pela mulher durante o ato de amamentar ajuda a criar laços entre a mãe o bebê em uma relação de amor, proteção e intimidade, o que acontece de forma semelhante na vida adulta criando um elo entre o casal.
De acordo com os pesquisadores, durante a amamentação, o bebê estimula os seios da mãe, que envia sinais ao hipotálamo do cérebro, que por sua vez libera ocitocina, hormônio responsável pela liberação do leite materno e por manter a atenção da mamãe totalmente voltada para o bebê. Isso faz com que o recém-nascido se torne a coisa mais importante do mundo para a mulher, que se satisfaz totalmente por poder cuidar protegê-lo, criando um forte e duradouro vínculo.
Segundo Larry, quando um homem estimula os seios de uma mulher, se iniciam a mesma série de eventos cerebrais que aconteceram na amamentação.
Essa teoria de rebate a de outras correntes de biólogos. Uma delas afirma que o interesse do homem acontece porque, ao verem um par de seios fartos, eles enxergam nisso um sinal de saúde que indica que a mulher pode gerar filhos saudáveis.
Outra corrente afirma que essa atração ocorre porque primatas fazem sexo por trás e os seios imitam o formato das nádegas, o que gera a atração.
Já para os pesquisadores, a atração tem a ver com mecanismos do cérebro que promovem o vínculo entre a mãe e o bebê na primeira infância despertando uma atração que se segue por toda a vida, prova disso, segundo eles, é o fato de os humanos serem os únicos que se relacionam sexualmente olhando uns nos olhos dos outros, traço que se desenvolveu do circuito cerebral criado da relação entre a mãe e o recém-nascido.
Ainda segundo os pesquisadores, em uma pesquisa realizada pelas Universidades de Sheffield e do Texas sobre estímulos na região dos seios mostra que 82% das mulheres gostam de carícias na região e 60% delas pedem explicitamente para serem estimuladas nos seios.