Hábitos alimentares que evitam alterações na tireoide
Uma glândula que se localiza no pescoço, chamada tireóide, é responsável por dois hormônios essenciais ao organismo.
São eles o T3 e o T4, que controlam o funcionamento ativo de todo o metabolismo.
“A renovação celular, o desenvolvimento do cérebro, metabolismo do cálcio, crescimento, uso de energia, oxigênio, produção de calor, fertilidade e regulação do intestino são exemplos dos processos que a tireoide controla”, conta a nutricionista funcional Luciana Harfenist.
E continua: “Dessa forma quando ocorre um declínio na produção desses hormônios o metabolismo basal também diminui, aumentando a dificuldade de perder peso ou até impossibilitando o emagrecimento”.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10% das mulheres com mais de 40 anos e 20% das que têm mais de 60 manifestam algum problema desta natureza. Mas com a alimentaçãoadequada veremos que este declínio pode ser controlado, evitado e até encontrado seu ponto de equilíbrio.
Luciana explica que uma alimentação equilibrada garante um organismo metabolicamente ativo e rico em nutrientes importantes para o metabolismo tireoidiano. Ela dá como exemplos a ingestão adequada de iodo, selênio e o zinco, essenciais para o equilíbrio de tireóide.
Outro dado importante é que estes hormônios, quando desestabilizados, podem causar o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo.”Existem casos nos quais o hipotireoidismo é subclínico com sintomas leves, fazendo com que o metabolismo fique mais lento. Sendo assim, a ingestão de duas castanhas-do-Pará ao dia garante a dose diária de selênio, mineral importante para que ocorra a conversão do hormônio T4 em T3, que é o hormônio mais ativo”, ensina.
A profissional ainda dá a dica: “Algas marinhas – clorella, spirulina, agar agar – são boas fontes de iodo e magnésio que ajudam no metabolismo da tireóide. O amaranto contém inúmeras vitaminas e minerais, como zinco e ômega 3, que também são necessárias”.
O nosso consumo abusivo de gorduras saturadas e trans traz o desequilíbrio entre o ômega 3 e o 6, assim como o excesso de alimentos refinados, inadequados e automaticamente deficientes em nutrientes também fazem parte da nossa rotina alimentar.
Em um estudo publicado no Journal of Pediatrics, conta a especialista, concluiu-se que crianças celíacas com alterações na produção dos hormônios tireoidianos e anticorpos tireoidianos tiveram seus níveis normalizados em dieta sem glúten.
“Pessoas com cólon irritável e prisão de ventre devem variar ao máximo a alimentação, principalmente os cereais. Nossos antepassados não consumiam tanto glúten como é consumido hoje na dieta ocidental”, explica.
Portanto, para obtermos o máximo de uma alimentação saudável, devemos proporcionar uma gama de nutrientes diariamente! Luciana conclui: “A monotonia alimentar deve ser evitada em prol de um organismo mais saudável e metabolicamente mais ativo”.
Ou seja, basta procurar vitaminas, nutrientes e uma dieta saudável para evitar estes distúrbios em nosso metabolismo. Isto não significa se privar das guloseimas e coisas boas que a gastronomia nos proporciona. Apenas devemos buscar o equilíbrio para que nossa saúde não sofra mais tarde nossas irresponsabilidades presentes!