Segunda chance – será que dá certo?
Ciúme ou traição; escassez de tempo para os dois, mas disposição para encontrar os amigos e familiares a qualquer horário; jogar futebol ou outras atividades que exijam dedicação e tempo; falta de dinheiro, diversas prestações vencidas e outras prestes a chegar à data; achar que você merece uma pessoa melhor qualificada e que possa te oferecer um padrão de vida melhor no futuro. Essas são algumas das inúmeras desculpas muitas vezes utilizadas para justificar o término do relacionamento que por algum motivo realmente não está nada bem e precisa de um tempo. Porém, quando acontece essa quebra de contato físico e sentimental e a distância chega a machucar, e uma das partes ou até mesmo o casal começa a se arrepender e percebe a necessidade de ficar juntos e querem se reconciliar, vale a pena realmente reviver o relacionamento? Em quais casos tentar uma segunda chance é válida?
Essa decisão é arriscada e demanda muita certeza, mas não quer dizer que ela possa ser equivocada e frustrante. “Primeiramente, quando existe a intenção de reconciliação é preciso analisar diversos fatores que fizeram parte para que o relacionamento durasse e o que realmente contribuiu para o término. Avalie friamente como foi o tempo em que permaneceram juntos e até mesmo o comportamento de cada um antes de se relacionarem. Durante esse tempo de questionamento não permita que ninguém invada o espaço e sua privacidade, evite que sua decisão sofra algum tipo de interferência”, sugere a psicóloga Milena Cristina Gomes. Ela ainda cita que muitas vezes somos influenciados pelo ex-parceiro, como também pelos familiares e amigos que torcem para que a relação dê certo e fazem disso uma pressão, mas a decisão é muito pessoal.
Segundo a especialista, é importante perceber o real motivo pelo qual está querendo retomar a relação e se o desejo de voltar não é apenas pelo fato de acreditar que o amor ainda existe e que seria pior ficar só e ter que viver as emoções do começo de namoro, como conhecer os pais, saber do que o outro gosta e o que o desagrada ou que a companhia dele ou dela realmente era agradável e que não se vê sem aquela pessoa. “É neste momento que cada um consegue avaliar e chegar a uma resposta concreta. Pergunte-se se a vontade de reiniciar o relacionamento é apenas por medo de perder a pessoa ou está embasada em algo que realmente faça valer a pena tentar novamente. Diante de qualquer situação, saiba que ninguém é capaz de mudar completamente o outro, as pessoas melhoram se quiserem realmente, então, veja muito bem se realmente vale a pena se arriscar mais uma vez”, alerta Milena.
Alguns casos de separação
Para a psicóloga, muitos casais se separam por pressão alheia vinda de pessoas próximas, as mesmas que se julgam íntimas o suficiente para comentar e opinar no que deve ser feito, tome cuidado com essas situações. Por isso, muitos não aguentam essa influência e optam por terminar o convívio com a pessoa amada. Neste caso, a reconciliação é quase certa.
Há outras situações, em que o relacionamento é construído à base de desconfianças e a a pessoa tem semore a impressão de que está sendo passado para trás e enganado pelo companheiro. “Esse tipo de relacionamento termina pela sombra do medo e insegurança. Além dessas sensações, fica o sentimento de que a pessoa pode terminar o relacionamento a qualquer momento. Assim, por virtude desse comportamento, o companheiro se torna mais pegajoso, tenta aprisionar o outro e isso só faz com que aconteça o afastamento, o compromisso chega ao fim por se tornar cansativo demais”, alerta a especialista. Segundo ela, quando o casal termina por esse motivo, se ambos não conversam muito bem sobre o assunto e resolvem voltar por impulso, o relacionamento dificilmente segue. “Antes de decidir pelo ‘sim’ da reconciliação pense com calma, espere outro dia para repensar e avalie se realmente os dois merecem uma segunda chance e certifique-se de que os erros não se repetirão”, finaliza.
créditos: arcauniversal.com